Estudo da Fundação do Câncer mostra que 58% dos homens e 59% das mulheres só recebem o diagnóstico em estágio avançado da doença
O cuidado com a saúde intestinal é essencial para prevenir doenças que afetam o reto e o ânus, como o câncer colorretal — um dos tipos que mais crescem no Brasil. Segundo o Boletim Info.oncollect, da Fundação do Câncer, a mortalidade por esse tipo de câncer deve aumentar 36,3% nos próximos 15 anos, com crescimento projetado de 35% entre homens e 37,6% entre mulheres até 2040. Na região Centro-Oeste, o cenário é ainda mais preocupante: 58% dos homens e 59% das mulheres recebem o diagnóstico apenas em estágio avançado da doença.
Segundo o proctologista Dr. Danilo Munhoz, esses números reforçam a necessidade de conscientização. “Muitas pessoas ainda acreditam que só devem procurar o proctologista quando sentem dor ou sangramento, mas o ideal é fazer consultas preventivas, antes que qualquer sintoma apareça”, alerta.
Ele explica que o câncer colorretal é silencioso nas fases iniciais, o que torna o diagnóstico precoce ainda mais importante. “É comum que o paciente não sinta nada no começo. Quando surgem sinais como sangue nas fezes, alterações no intestino ou perda de peso, a doença já pode estar avançada”, afirma o especialista.
Dr. Munhoz também destaca o papel dos hábitos diários na prevenção. “Alimentação rica em fibras, consumo adequado de água e prática regular de atividade física ajudam a manter o intestino funcionando bem e reduzem o risco de doenças”, orienta.
Para ele, o Dia do Proctologista é uma oportunidade de quebrar tabus e estimular o diálogo sobre o tema. “Cuidar da saúde intestinal é um ato de autocuidado. Ainda existe muito preconceito, principalmente entre os homens, mas isso precisa mudar. A prevenção salva vidas”, reforça.
O médico lembra ainda que homens e mulheres devem incluir o proctologista na rotina de cuidados a partir dos 40 anos, mesmo sem sintomas. “Uma simples colonoscopia pode detectar lesões antes que elas se transformem em câncer. Esse exame é rápido, seguro e pode fazer toda a diferença”, conclui Munhoz.