Aprenda a reconhecer os indícios de sobrecarga e proteger sua saúde mental no trabalho
A pressão por resultados, os prazos apertados e a rotina intensa têm levado cada vez mais profissionais a atingirem seus limites físicos e emocionais. O excesso de tarefas e a falta de pausas não apenas reduzem a produtividade, como também podem desencadear problemas de saúde mental, como ansiedade, depressão e síndrome de burnout. Reconhecer os indícios de sobrecarga é, portanto, essencial para preservar o bem-estar e evitar consequências mais graves no trabalho e na vida pessoal.
Para a psicóloga Denise Milk, especialista em saúde mental no trabalho, a sobrecarga muitas vezes se manifesta de forma silenciosa, mas os impactos no dia a dia são evidentes.
“Muitas pessoas só percebem que estão sobrecarregadas quando começam a sentir sintomas físicos e emocionais que afetam o desempenho e a qualidade de vida”, explica.
Confira alguns sinais que merecem atenção:
Fadiga constante – sensação de cansaço que não passa mesmo após uma boa noite de sono ou momentos de descanso.
Dificuldade de concentração – tarefas simples começam a exigir mais esforço mental, e o foco se torna cada vez mais difícil de manter.
Irritabilidade ou instabilidade emocional – pequenas situações podem gerar frustração excessiva ou mudanças de humor frequentes.
Esquecimentos frequentes – lapsos de memória ou dificuldade para organizar tarefas que antes eram gerenciadas com facilidade.
Sintomas físicos – dores musculares, dor de cabeça, distúrbios gastrointestinais e tensão constante são sinais comuns de estresse acumulado.
Perda de motivação – atividades que antes eram prazerosas passam a gerar desinteresse ou sensação de obrigação.
Sensação de estar sempre sobrecarregado – a impressão constante de que não há tempo suficiente para dar conta de todas as demandas do dia a dia.
Segundo Denise Milk, identificar esses indícios precocemente é fundamental para evitar consequências mais graves.
“Ignorar a sobrecarga pode levar a quadros de burnout, ansiedade e até depressão. O ideal é buscar ajuda, reorganizar prioridades e implementar pequenas mudanças na rotina antes que a situação se agrave”, alerta.
A especialista reforça que ações simples já podem fazer diferença.
“Estabelecer pausas regulares, respeitar os horários de descanso, delegar tarefas e aprender a dizer não são estratégias importantes para proteger a saúde mental no trabalho”, orienta.
Além disso, Denise destaca o papel das empresas na prevenção da sobrecarga.
“Ambientes que valorizam o bem-estar, oferecem apoio psicológico e promovem a cultura de equilíbrio entre vida profissional e pessoal ajudam a reduzir significativamente o risco de adoecimento dos colaboradores”, conclui.